quinta-feira, outubro 05, 2006

AS HORAS DA MORTE



Acabou... As horas da morte esta vez nom andavam a brincar.... podias percebi-lo a travês do gram grossor dos teus óculos... Por isso sentaches na mesa e pediches vinho e empada. Já terias tempo de comer soa... e o vinho e a empada, que mal che podiam fazer já...

Fuches a nena de azul, mas nunca acreditaches nas monjas nem em toda essa pantomina. Fuches a única persoa com a que nunca esquecim a minha língua. Fuches quem mais escoitou e apreciou a pouca arte que tenho nestas veas polas que corre o teu sangue... Já me estou acostumando a falar de ti em passado... ainda que é o futuro o que me vem à cabeça... Nunca mais escoitarei os teus tarareos dessas cançons que sabes que tanto nos gustam. Nunca mais me sentarei ao teu carom para contar-te o muito que chove em Santiago. Nunca mais me reirei das tuas confusssons. Nunca mais te levarei água do mar para que chegue aos teus pés. Nunca mais vou andar estresada quando vaia a casa pois já nom buscarei tempo para comparti-lo contigo. Nunca mais vou pôr música para ti... porque sempre te tratei de ti, ainda que me levaras case sesenta anos...