quarta-feira, dezembro 20, 2006

RETRATO AUTO SEN LEYCA


Aprendendo a escribir coa luz,
emulándote,
Querendo cumprir obxectivos ...
Conxelándome, quizais para sempre
Conxelándote nos arquivos do meu maxín
Non sei gardar esa distancia mínima de enfoque
Cada vez que pecho os ollos gardo unha imaxe de ti
Imaxes indelébeis e nítidas sen flashes
Nin nada que nos pareza artifical

terça-feira, dezembro 12, 2006

NOM MARCHES SEM ELA


Disque nós, os galegos, somos os que padecemos essa estrana enfermidade de índole sentimental que lhe chamam morrinha. A morrinha é pois palabra galega que empregamos para expresar o sentimento de saudade da terrra natal. Saudade é outra palavra que guarda estreita relaçom com morrinha. É curioso que estes dous termos nom tenham traduçom noutras línguas como o espanhol, por ejemplo. Fala-se de nostalgia ou melancolia, mas estas nom tenhem as connotaçons das outras palavras. Somos um povo emigrante. Há tantos galegos na Galiza como no resto do mundo. Mas há algo mais, há quem explica o sentimento da morrinha pola ausência das emanaçons do Rádon. Galiza é terra granítica. Estamos expostos a umha radiaçom especial, mas nom há problema, os companheiros de Aduaneiros sem fronteiras acabam de dar-nos a soluçom. Temos um remêdio contra umha enfermidade de índole sentimental...Repartamos miles de garrafas de Rádon em Cuba, Argentina, Venezuela, Brasil, Suiza. França, Alemanha... Outra palavra nossa é a retranca, essa ironia típica de nuestro pueblo que se deixa ver entre linhas...